quinta-feira, 11 de abril de 2013

Quando perdemos alguém...

Certa vez eu disse que não gostava muito de envelhecer, mas não simplesmente por envelhecer, mas sim porque de acordo com o ciclo da vida, quanto mais envelhecemos, mais vamos perdendo pessoas queridas ao nosso redor, mais velhas que nós.
No dia 12 de dezembro de 2011 tive certeza de que não era tão bom envelhecer, porque não só eu envelhecia, mas todos ao meu redor, e perdemos pessoas que não queríamos e não lembrávamos que estavam tão mais velhas que nós e em breve poderiam partir.
Perdi minha oma nesse dia. A primeira pessoa próxima que perco.
E me dei conta de que é muito ruim. É muito difícil se acostumar com a perda, principalmente quando essa pessoa fazia parte da sua rotina, quando era hábito ver todos os dias. É difícil e no começo, confuso. Até cair completamente a ficha, você se esquece às vezes, e se lembra quando percebe que a pessoa não está mais lá.
Mas a gente sabe também que essa é a melhor saída para quem há tempo já vem sofrendo tanto...
Os últimos dias com ela foram muito tristes, muito mesmo. Pude ver de perto como é uma pessoa se aproximando da morte, sofrendo muito, gemendo de dor, mudando a fisionomia, não conseguindo mais andar e nem se mexer direito... É triste. Desesperador.

Hoje nossa família perdeu mais um "soldado".
Minha oma teve gêmeos, dois homens. Meu pai e meu tio. Eles perderam o pai quando tinham uns 28 anos mais ou menos, e a mãe (minha oma) nesse dia, eles com 52 anos, ela com 84.
Os dois já perderam os pais. Mas suas esposas não. Minha mãe ainda tem os pais vivos. E minha tia agora tem só a mãe viva ainda. Hoje faleceu o pai dela. Avô das minhas primas. Sogro do meu tio.
Um senhor muito alegre, de bem com a vida. Educado, que tratava as pessoas bem. Mas a doença também o pegou, essa desgraçada.
Não gosto muito de ir em velórios. Mas sinto muito pela perda deles, desejo muita força, e que possam se confortar e aos poucos amenizar a dor com a certeza de que ele está em um lugar melhor, não mais sofrendo...
Sei como é de doer a alma, pois a minha doeu quando perdi a minha oma, e ainda dói.
Faz mais de um ano. A gente se acostuma com a perda, o hábito passa, mas a dor fica.
Mas assim é a vida, a gente vai tentando preencher os espaços que vão ficando, mas isso estará sempre em nosso coração.


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